Desde criança, sempre fui uma pessoa muito estudiosa e organizada na escola, mas havia uma contradição: enquanto minha vida acadêmica estava impecavelmente organizada, meu quarto era uma verdadeira bagunça. Cresci com perfeccionismo e medo de errar, o que impactava minhas escolhas e ações, e isso ficou claro em várias áreas da minha vida.

Essa dinâmica se intensificou quando, na quinta série, uma professora rasgou uma página do meu caderno na frente da turma, um episódio que alimentou minha vergonha e meu medo de errar. A culpa foi um sentimento constante, e com o tempo, aprendi a associar organização a perfeição, sem entender o real significado da palavra “organizar”.

Com o passar dos anos, me mudei para uma casa nova. Ao contrário do que muitos poderiam imaginar, essa mudança não foi para um espaço maior, mas sim para uma casa com menos armários e um espaço físico mais apertado. A escassez de espaço me fez sentir impotente. A mudança também trouxe uma dor emocional profunda: meus pais não entenderam minha decisão de me mudar para longe deles, e meu pai nunca conheceu a minha nova casa, pois faleceu antes de poder visitá-la. Esse luto e a culpa associada à mudança me impactaram profundamente.

Foi nesse momento de crise, tanto interna quanto externa, que comecei a buscar soluções. Fiz minha primeira pesquisa na internet sobre como ganhar mais espaço nos armários, e encontrei um vídeo que me ensinou a dobrar camisetas de maneira diferente, criando o dobro de espaço. Esse simples passo foi o gatilho para minha transformação.

À medida que fui organizando meu ambiente físico, a bagunça interna e emocional também começou a se alinhar. A culpa e o medo foram cedendo espaço para uma nova percepção de que a organização vai além do físico – ela transforma a mente e a energia. Eu aprendi a colocar o foco no que estava ao meu alcance: o que podia ser controlado naquele momento era a organização do meu espaço e, a partir disso, minha vida.

Foi nesse processo que descobri o Feng Shui, que me ensinou que a energia também ocupa espaço e precisa ser limpa, assim como os objetos. Esse entendimento foi fundamental para que eu percebesse que minha carreira em TI, onde sempre organizei sistemas, dados e times, havia cumprido seu ciclo. Agora, eu estava pronta para usar minha experiência para ajudar as pessoas a organizarem seus espaços físicos, energéticos e mentais.

Hoje, como mentora, posso afirmar que não falo apenas da teoria – eu vivi essa transformação. Tenho a prática, a vivência e as ferramentas para conduzir você por um caminho assertivo de organização personalizada, harmonização de ambientes e limpeza energética. Com isso, já atendo clientes no Brasil e em nove países, e me sinto realizada por poder fazer a diferença na vida de tantas pessoas.

E, ao longo de quase 30 anos de carreira, sempre estive envolvida com organização de alguma forma, seja em sistemas, equipes, ou ambientes, e agora aplico toda essa experiência para ajudar as pessoas a transformarem suas vidas através da organização personalizada.